Há luz lá fora,
Nenhuma aqui dentro,
Quanto mais eu fujo, mais a escuridão me apavora...
E o dia demora...
A passar,
Sinto o peso das horas sob minhas costas doloridas,
O peso dos dias, cutucando minhas feridas...
A carapaça frágil que me encontro,
É casa temporária?
A carapaça frágil que me encontro,
Sou eu,acabado de forma arbitrária ?
Vejo pelas escuras persianas ,
Há luz lá fora,
Nenhuma aqui dentro...
E então eu, frágil rebento....
Encho essa sala fazia com meu pesar ...
Eu vou conseguir lidar?
Talvez só depois de afundar...
Lá, no abismo de mim,
Naquele sentimento de desesperança
Que ignorei em mim,
Que guardei com tanta deselegância,
Lá no fundo de mim ...
Talvez eu, consiga me reerguer,
Ou pelo menos, aguardar o dia findar...
Eu queria fugir, esquecer...
Mas nada a tira de mim, eu queria flutuar...
Eu, frágil rebento a devanear...
Sozinho nessa sala escura,
Tentando organizar a mente, e fazer uma escolha segura....
Mas não sei ainda onde ir, onde pisar...
Lá no abismo de mim,
A voz ecoa distante...
Não há nada além de mim?
E longe, eu vejo uma fagulha...
Uma estrela...
Uma luz...
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