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sábado, 13 de agosto de 2016

.Dose.



Sou cometa...
Se não me acho, ando pelo mundo fazendo careta !

Eu queimo,
Fujo...É minha emancipação !
é o mundo inteiro se derretendo...
Sem nenhuma comoção !

A casa de cera que construí...
Derreto,
As grades que me prendem
Quebro !

Meu  peito é campo vasto lavrado,
o mundo gira  a roda sem fim,
Eu sou  seu escravo....
enquanto  sinto a maquinaria  roubando até meu rim .....

Sou um anagrama,
o corpo quer esvair...
E o  duro silencio  cobre a fome, a dor, a esperança,grama por  grama .

Queimo,
Luto..
Ainda sonho  em ver  mais uma vez o mar azul, esplendido e absoluto .

 Eu queimo meu corpo de cera,
O pavio  aparece,
 tinjo o mundo em alvo com minhas vísceras...
o mundo renasce  (em mim) .

Eu sou a analogia em mim .

Foto: Matthia Bottero- all rights reserved to Him. 

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