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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sombras.

As sombras moveram-se devagar pelo cômodo branco... misturando-se as minhas vestes escuras, Preto é a cor do meu manto: largas são as fendas,as feridas e rupturas . Sombras dançam pelas paredes, mostrando coisas inquietas,inquieta é a canção... As bandeiras está içadas, para que tal comoção ? A melancolia tem cara de quarta-feira : sempre cinza e quase eterna...Eterno choro de violinos desabando nesse 18 de junho . Quem pode contar as horas? Elas fogem tão depressa !Borboletas tomam conta do meu jardim... Será que que vens assim ? minhas mãos ficaram presas por tanto tempo...Preciso lutar, sentir mais uma vez o vento no cabelo,a brisa do mar ! Sei que os Violinos não param, e que as sombram dançam...Sei que meus olhos estão cansados, e as crianças já não cantam ... Sei que as sombras cantam,cantam as lamúrias desse mundo, se espreitando por paredes,muros..Se espreitando por cima dos corpos; Se o corpo é meu, a sombra é o mar ? O mar é a maior canção de todas,canção eterna e mutável. Nós criamos essas correntes,nós criamos o medo , criamos a alegria e o desprezo...Nós criamos as imagens ? As sombras? Nós aceitamos esse clamor ! O clamor é a canção dos desolados, o mar os atinge, mas não ficam calados ! As sombras dançam no tablado,dançam na cozinha...O mar está calmo,as luzem brilham.O mar é meu verso rimado .

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