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sábado, 20 de maio de 2017

.Adágio.


Andamos pelas ruas do centro da cidade,
sob o os prédios que apertam o céu,
Podemos fugir, mas sempre voltamos, sem sem nenhuma novidade....
e tudo nessa cidade parece guerra, fome... escarcéu...

E então nos  apressamos para a queda,

As formas, as  silhuetas nas paredes...
um beijo qualquer,   e o céu cobrindo nossa tela....
E as sombras se misturam, por entre deveres....

Andamos por qualquer rua em São Paulo,
não tenho  orgulho, mas vejo os corpos  amontoados nas ruas...
Pode ser eu, podiam ser suas... Mãos ...

E então nos  apressamos para a queda,
As formas, as  silhuetas, as pontes, as ruas...
E  se está feliz, será que não é  loucura sua ?

E por ai vamos... Cantarolando coisas  pelas ruas sujas,
pensando em coisas melhores, dias melhores...Aquela verdade crua ...
E todas as coisas que criei... Me desmontam ...E pareço e qualquer coisa suja..
E então, a verdade  é  recorte de  revista, pedaço de livro qualquer... Que me demostre pessoa crua ...

E andando, por qualquer lugar nessa metrópole,
O fio da vida, que se dane, que se embole !
E talvez eu, me desaponte com as coisas que criei...
Mas  quem sabe,  se o noite ou dia, na vida que planejei...

E então nos  apressamos para a queda,
trocando o pedestal, pelo chão...
E  do peito de cosmos,  as fitas se desenrolaram... um nó desfeito na testa,
Enquanto o maravilhoso céu cobre a multidão....

Nós já trilhamos esse caminho algumas vezes,
E quem sabe,  se tudo  não é o que  parece, eu te explique uma hipótese...
De que há beleza  em  acariciar o gramado...
E também há, em  observar qualquer vaso quebrado...

Essa felicidade clandestina,
quem aparece ....
Mas logo se dissipa....

E então nos  apressamos para a queda,
Vosso anjo, esplendoroso a desmoronar...
E   o mundo segue a desacreditar...

E então nos  apressamos para a queda,
trocando o pedestal, pelo chão...
E  do peito de cosmos,  as fitas se desenrolaram... um nó desfeito na testa,
Enquanto o maravilhoso céu cobre a multidão...

Mas tudo parece o mesmo...
Tudo está no lugar...
E  as vezes, tudo parece nada pra mim ...
E me seguro na corda bamba...

E me apresso, a te encontrar...
Então, nós....

Nos apressamos para  a queda,
As formas, as  silhuetas, as pontes, as ruas...
E  se está feliz, encaixa minha mão na sua ?

Vosso tempo esplendoroso a desmoronar...
e em todo lugar...
O  mundo segue a desacreditar...

Fora de  esquadros se pode ver
O magnânimo céu...
A esperar .

Foto por : Taiane Ferreira ♥
Disponível em : https://www.instagram.com/taianeferreiras/

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