Talvez agora
Eu consigo ver com meus olhos,
ver com minhas mãos....
Ver com o que o vento me mostra por entre as cortinas do tempo....
ver, sentir e sofrer.... Ao relento....
Parece que eu não me encaixo,
existe um poço sem fim ....
Onde eu lanço o balde, mas não conheco direito o infinito em mim....
Essa tempestade sobre meu corpo,
vai passar?
Amado, vai passar?
Para onde eu devo seguir,
com quem devo me abrir....
Eu consigo enxergar com meu tato,
Mas não consigo conter o tornado...
Que eu sou....
...Para mim mesmo.
Venha,
Eu olho as plantas ao meu redor....
Tento diariamente me desmistificar...
Me desbestificar....
Mas continuo sendo essa bagunça...
Eu posso ver com meus olhos....
Espero ansiosamente
Que dias melhores possam vir....
Que eu consiga sentar beira-mar...
Eu estou tentando....
...Ainda estou respirando...
Eu consigo enxergar com meu tato,
Mas não consigo conter o tornado...
Que eu sou....
...Para mim mesmo.....
Mas por hora, oscilo entre o riso e a vontade de sumir.
Foto por: Taiane Ferreira ♥
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