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terça-feira, 23 de abril de 2019

.Exílio.


Ouves?
Esse silêncio a me incomodar...

Câmara quase silenciosa a criptar...

Talvez quando a poeira baixar,
Você apareça... Ainda mais bonito...

Ouves?
 Eu estou a me dilacerar....

Por entre campos despedaçados....

Fez-se o império capitalista e nada moderado...

Nós estamos a morrer,
Estamos a sofrer,
e Nascer...

Com propósitos inusitados
Com corpos descartáveis...

Ouves?
Sua conciência a duvidar se vamos conseguir...
Se vamos aguardar a noite acabar e imergir....

Por frestas e possível ver a cidade cinza,

tudo se amontoa e, se torna cinza....

Apático,
Sistematíco...

E então nós...
Compartilhamos nossas dores sob a luz suspensa,
 e cada um apoia-se ao que pensa...

Mas ainda assim vamos morrer meu bem,
Nada os detem...

Ouves?
O mar está a nos chamar...
Então vamos devanear...

Pelas ruas da cidade cinza,
Passou a pessoa cinza,
E os carros também cinza...

Ouves?
Eu vou sufocar...

Minha pele pálida, tem cheiro de damasco,
O consumismo bate em nossa portas, em novos frascos...

Ouves?
Esse silêncio a me incomodar...


Exílio que criei para me proteger ...

Deles...

O silêncio me incomoda, mas os tiros...

Eles eu não posso deter...

Então tento me abster...

Ouves?
Eu vou me perder...

Ouves?
Safira em meu peito a criptar...

Vou me  perdoar,
por não saber como lidar....

Com pessoas...

E não me desculpar,
Por apenas pensar o tempo todo no mar.


Foto por : Taiane Ferreira ♥
Disponivel em : https://www.instagram.com/cidadeinsone/


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