Ouves?
Esse silêncio a me incomodar...
Câmara quase silenciosa a criptar...
Talvez quando a poeira baixar,
Você apareça... Ainda mais bonito...
Ouves?
Eu estou a me dilacerar....
Por entre campos despedaçados....
Fez-se o império capitalista e nada moderado...
Nós estamos a morrer,
Estamos a sofrer,
e Nascer...
Com propósitos inusitados
Com corpos descartáveis...
Ouves?
Sua conciência a duvidar se vamos conseguir...
Se vamos aguardar a noite acabar e imergir....
Por frestas e possível ver a cidade cinza,
tudo se amontoa e, se torna cinza....
Apático,
Sistematíco...
E então nós...
Compartilhamos nossas dores sob a luz suspensa,
e cada um apoia-se ao que pensa...
Mas ainda assim vamos morrer meu bem,
Nada os detem...
Ouves?
O mar está a nos chamar...
Então vamos devanear...
Pelas ruas da cidade cinza,
Passou a pessoa cinza,
E os carros também cinza...
Ouves?
Eu vou sufocar...
Minha pele pálida, tem cheiro de damasco,
O consumismo bate em nossa portas, em novos frascos...
Ouves?
Esse silêncio a me incomodar...
Exílio que criei para me proteger ...
Deles...
O silêncio me incomoda, mas os tiros...
Eles eu não posso deter...
Então tento me abster...
Ouves?
Eu vou me perder...
Ouves?
Safira em meu peito a criptar...
Vou me perdoar,
por não saber como lidar....
Com pessoas...
E não me desculpar,
Por apenas pensar o tempo todo no mar.
Foto por : Taiane Ferreira ♥
Disponivel em : https://www.instagram.com/cidadeinsone/
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