Abraça-me que o chão se abriu debaixo de nós...
E então nós, 
Caímos dentro da escuridão... 
Segura-me, 
Dentro da escuridão os corpos podem se
misturar...     
E então, lava e magma podemos nos tornar...
Ou quem sabe podemos virar...
Uma só silhueta a cintilar.
Abraça-me forte que o chão se abriu sobre nós, 
Os problemas se acumularam e vamos afundar... 
Juntos... 
Então, a escuridão também pode ser oceano escuro...
Eu não sei nadar... 
Abraça-me forte, e me faz sentir seguro...
E não me deixe afundar...
Ou deixe, é onde tu vais estar? 
Abraça-me forte e não me deixe desistir
O buraco negro sob nós pode nos desconstituir
E então estrelas vamos nos tornar
Brilhar num céu onde não há mais ninguém para olhar 
Segura em minha mão: vamos cair
Duvido que haverá um dia um fim
A queda parece eterna daqui...
Nossos corpos parecem não mais existir
E eu ainda posso sentir o teu toque  em mim.
Até que o ar se acabe e não possamos mais voar
Me cubra com sua poeira cósmica 
o brilho ao redor do que um dia chamei de corpo
Me abre um sorriso para que o fim eu consiga enxergar
Me abra...ce en..quanto ainda há ...algum bri..lho
essas ... cores ... me dão ... força ...para
...par..tici..par
Dessa dan..ça de poeira sufocante 
E finalmente eu posso descansar
Já não há mais ar. 
Texto conjunto feito com  Bárbara Meyer.
Foto por : Taiane Ferreira. 
Disponivel em : https://www.instagram.com/taianeferreiras/

 
<3
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