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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Abrasador .
Nós somos  efêmeros,vasos partidos nessa enorme metrópole, tenho saudades do mar...
O ar quente  toma conta da  casa, enquanto as silhuetas dançam no ar ....
a  noite chega acanhada, esperando o  reflexo do sol,  sumir no horizonte,   os corpos suados,a lua  enorme reflete na fronte.
As dores  nos fazem vivos, sentimos  tudo a flor da pele... Enquanto gritos  nos rasgam internamente... Gritos ecoam pela casa silenciosa...Pelas sombras misteriosas ...
As vezes parecem que  as  memórias  nos consomem... Somos  efêmeros  já disse !  As vozes passam pelas paredes, cômodos....A casa está congelada.... Somos fatos  em  câmera lenta quebrando, momento disfórico ...  Querido se  achas  que  estamos perdidos, Júpiter parece tão perto  aqui de nossa  janela ...Somos corpos escandescentes e eufóricos ! Seu corpo  de chamas me hipnotiza...
Nós somos efêmeros eu sei,nos somos homogêneos... Quando fragmentados deveríamos ser ! A chama mostra coisas que  quero esquecer .
Eu sei que em partes,queria ser uma ave e voar para longe...Mas  tenho os pés de  lenha fincados na terra...O céu azul,  em  rubro   se tinge ! 
nós somos... O que somos, quem somos nós? meus olhos de chamas, a chuva hei de apagar.... Meu âmago flamejante, o tempo  hei de curar .
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