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quarta-feira, 2 de abril de 2014
Terceiro dia
Criaram a floresta, o rio, seu olhar misterioso que vejo por entre frestas....
Criaram as  horas, o dia, céu e mar....E seus  lábios para eu me entregar !
As estações foram criadas para fazerem sorrir,fazerem chorar ...Para dizer que sinto sua falta... E mostrar que essa espera logo vai acabar...
Ah Abril, mês marcado com sangue...Não derrube-me!
Eu vou ressurgir,Eu vou arranjar coisas para fazer, me atirar pelas vidraças e voar como  falcão por essa cidade! Vou me sentir vivo, vou me sentir colorido em meio ao concreto frio inerte....
O que não nos mata .. .Nos machuca.Estilhaços de vidros, carros batidos, pessoas vestidas de palhaços !
Eu queria me  atirar na grama do seu quintal, contar as estrelas como se  já fosse sexta-feira, correr pela casa  igual criança arteira, enquanto você  me faz um chá de camomila... Deixe isso ai homem, venha cá, sentir a brisa noturna da represa,  venha ! 
Fico  pensando nas coisas que ainda vamos fazer, posso conta-las como estrelas também ? Quero tudo, quero paz , vem meu bem !
Cidade  barulhenta....Veloz, impaciente... Vou batendo as pontas dos dedos  pelos móveis, procurando uma distração.. procurando algo seguro para  enfiar-me... E esperar o dia passar.... Esperar o relógio dizer que  posso retirar-me... ver as estrelas  novamente, fazer desejos de menino...Ver os rouxinóis cantarem...
As sombras se misturam  a luz do dia, as nuvens esperam  o momento certo para lamentar-se... O momento exato para lamuria, 
o segundo entre o correto e a desventura. 
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