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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

.Precipitado.



Nasce o diz cinzento...
Qualquer  razão para me tirar da cama parece algo que suspeito...

A beira do abismo,
Na borda de mim...

Tendo a quase cair...
Mistério equilibrista a sustentar meu corpo inteiro ...

Agridoce momento de quase voar...
Ninguém entende o vórtex que me engoliu...

Nasce outra estrela,
em meu peito aberto...

O cosmo em mim...

A beira do abismo,
Adaga em mim...

A cortar... Sempre que quero voar...

Do chão eu vejo os prédios a se remontar...
Se estivesse no alto...

Veria as janelas a refletir...

A metade de mim que tende a ruir...

Cintila outro planeta em meu olhar...
Tão longínquo quanto eu queria estar...

Ruínas a se empoeirar...

Nasce outro dia e só em fugir...
Ninguém entende o vórtex que me fez refém...

Preso em meu próprio corpo .

Nasce outro dia e justifico...
A minha ausência, como se nada pudesse ser percebido...

A beira do abismo,
Adaga em mim...

A cortar... Sempre que quero voar...

Precipitado...

Cintila a lua sobre a vida humana...
E ainda  com atitude quase desumana...

Rogue suas preces pelos que vivem...

Do chão eu vejo os prédios a se remontar...
quase tudo em seu lugar...

A beira do abismo,
Adaga em mim...

A cintilar, me lembrando que na terra ainda preciso ficar...


Foto por : Taiane Ferreira .
Disponível em : https://www.instagram.com/taianeferreiras/

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