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terça-feira, 20 de março de 2018

.Imergir, II.



Todo dia eu tento me lançar, abrir minhas asas e voar...
Não quero voltar...

Ao que eu  era antes... Ao que eu sou agora?
Todo dia  eu  penso que ser adulto é massante...
e o mundo ao redor ainda prece tão ignorante...

Todo dia reflito no espelho meu corpo cansado...
Mas que luta...
Que dá a cara a tapa ...
Que corre, que vive... Em suma...

Meu tempo a imergir em mim...
Esse azul a me banhar...
por todo meu corpo segue a trilhar....

O amor rotineiro com  quem faz parte de mim...
 O desamor gritante  que as vezes não foge de mim...

Todo dia eu luto...
em vão ?
todo dia eu me explico...
Isso está errado, não ?

Todo dia, o roteiro  é o mesmo:
Amassado  dentro de  ônibus lotado...
todo dia correria, o resto que fique de lado ...

O mundo movido por maquinas está ai...
As flores não existem mais aqui...

Eu corro, eu digo...

Meu tempo a imergir em mim...

todo dia, tento me me encaixar no corpo dele...
Não cabe não...
meu corpo é meu, o outro... É dele...

O amor rotineiro que  quase me queima por inteiro...
o azul vivido a cintilar como anileiro...

Todo dia corro para me esconder em seu  braços...
e tornar único, todos os traços...

Mas o mundo não entende e ai vem os estilhaços:

Eu não preciso de permissão  para amar que eu amo...
e nem ser quem sou ...
se preciso de paz, o nome dele eu clamo...

e quando nada se parece muito....  preso na paisagem azul, é onde estou.

Foto por: Taiane Ferreira  <3 p=""><3 p="">Disponível em :  https://www.instagram.com/taianeferreiras/

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