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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

.À Sombra do Sol.


Nós fizemos nossa vida à sombra do sol...
O gramado a secar... As varas penduradas sem anzol...
Sob o  sol alguém vive... 
Sob o sol alguém  morre ... 

Lá longe nas colinas... 
As pedras descem... o gado sobe... 

As casas, exauridas de calor... 
todos os muros sem cor... 

A labuta é longa... 
de pares em pares...Destruindo o mundo... 
devorando os animais... Como titãs....

Se deliciando de todas as frutas... Romãs... 

 Nesse ar rarefeito... 
sigo a vida à sombra do sol... 
Procurando qualquer desfecho...

Bicicletas correndo pelas ruas...
O sol, meu corpo... Lembrança sua ...

Em sofrimento diário nós queimamos...
E fragmento por fragmento... Desmontamos... 

Para aguentar o dia inteiro, qualquer remédio...
Qualquer veneno... 

Palavras são só palavras se o vento está a gritar...

Antes que eu pudesse balbuciar... 

Nesse ar rarefeito... 
Não levo a vida em desmazelo... 

Mas tenho tão pouco dinheiro...

À sombra do sol, se fez  a via láctea em nosso peito... 
vozes chamando...

Qualquer palpitação...
Me devora em agitação... 

O gramado a secar... 
Sob o  sol alguém vive... 
Sob o sol alguém  morre ... 

Quanto mais se define... 
Mais  desprovido sou.... 

E a labuta, o  corpo cansado queimou... 

O que fizemos agora? 

Para aguentar o dia inteiro, qualquer remédio...
Qualquer veneno...

O que fizemos outrora?

Falar sobre o que sinto é admitir...
e admitir, é sentir...

À sombra do  sol, 
As casas se amontaram pela colina... 
Essa é minha casa,ou é a de cima?

O dia passa... Me consome em minha sina...

O gramado a secar...

Sob o  sol alguém vive... 
Sob o sol alguém  morre ...

Foto por : Taiane Ferreira ♥
Disponível em : https://www.instagram.com/cidadeinsone/

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