Quanto mais eu me precipito...
Menos me sinto me apto.....
Para não dizer,
Me cubro, me nego... Me edifico,
construo castelos de gelo a minha volta ...
Não me reconheço mais , como outrora ...
Quanto mais espero,
mais tarde a noite chega....
E não penso se quero ou não,
Já que meus versos são só palavras na contra mão,
Vários carros parados enquanto o céu me colore ...
E de nada mais se corre ...
A vida é uma via de duas mãos:
Se me dou por inteiro...
Me dilacero por inteiro...
ou me remonto, nas suas mãos...
Quanto mais eu me imagino no futuro,
mais medo tenho...
E sobre poses,dinheiro, carros, casas...
Me abstenho...
Nessa minha equivoca existência,
Faço o que posso, de resto finjo demência...
E não penso se quero ou não,
Eu quase posso ver os dias que viram, e as palavras que se vão...
Quanto mais espero,
menos sei sobre mim...
E isso me corrói,
Enquanto eu caio....
E eu mesmo me chuto....
Tudo se destrói.
Quanto mais eu me precipito...
Menos me adapto....
Chego quase a pensar que não irei me encaixar....
Que diferença fará, quando a terra tudo devorar...
Quanto mais espero,
Menos sei sobre o mundo....
A multidão se esvai,
E fico sozinho vendo os carros...
enquanto a tarde cai...
Do outro da cidade alguém deve se sentir como eu,
E se existir, esses versos são seus....
Por que desde quando o dia é dia
A vida se desenrola, dura e fria....
Enquanto a tarde se vai.
Foto por : Taiane Ferreira ♥
Disponivel em:https://www.instagram.com/taianeferreiras/
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