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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

.Fragmentado.


As raízes das arvores vão quebrando o concreto ,
A vozes, cortam  o vazio como navalhas ....

Despedaço em muitas partes....
As raízes,  o céu,
As lampadas a se multiplicar....

Quanto mais me esforço para me enquadrar....
Menos de mim consegue se projetar...

Peça por peça , vou tentando montar-me....
enquanto o mundo se desfaz...
Ninguém consegue sentir esse vazio com que me deparei...

Os fios, os braços,
Tudo que se multiplica a minha volta....

E nesse ser e não ser....
Apenas não sei o que sou...

Fuzilado,  os pedaços caem em frangalhos...
e nada parece meu, nem um pedaço velho de retalho....

Ninguém consegue sentir esse vazio com que me deparo,
Os  dias se repetem...

Quebre-me mais,
desdobre-me mais....

Enquanto  afogo...

As raízes das arvores vão quebrando o concreto ,
A vozes, cortam  o vazio como navalhas ....

Em minha pele, 
A água  ainda reflete o meu murmurio...
Ninguém consegue sentir esse vazio com que me deparo, 
Os  dias se repetem... 

Peça por peça , vou tentando montar-me....
enquanto o mundo se desfaz...
Ninguém consegue sentir esse vazio com que me deparei... 

As raízes das arvores vão quebrando o concreto ,
A vozes, cortam a pele  como navalhas ....

Enquanto as horas ,
indispostas , me devoram... 

Os carros parados nas calçadas. 
tudo a se repetir....
Enquanto as vozes....

Cortam a pele, dentro do dia  nada veloz.
 

Foto por: Taiane Ferreira ♥


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