Os lábios,
As mãos à se encontrar...
O mar azul,
Linha diagonal, de norte a sul ...
O barco, as gaivotas, tudo a nossa volta,
Parece calmo, parece pleno... Nada até agora,bom para reviravoltas...
Os lábios,
A se despedir,
As silhuetas desaparecem,
e o dia longo parece consumir...
Os problemas...
Voltam a surgir...
Inquieta utopia dilacerada...
A rotina, a vida... Massacrada .
Os lábios,
A relembrar...
Sorrisos grampeados em rostos...
memorias, fotos ...Qualquer pedaço... Pescoço...
A rua, os carros, tudo a nossa volta ,
Parece enlouquecido,parece estridente...Nada até agora,parece eloquente...
O trem, os dias, a rotina ...
Tudo que por um momento se abria ...
Os olhos severos a fitar...
Enquanto, o que era belo parece despencar...
Se vais deixar-me olhos tristonhos..
saibas que haverá outros sonhos...
Nem estrelas, refletidas embaixo da ponte.
Os olhos severos a fitar,
enquanto a água se deita sobre o corpo ...
As silhuetas ,
rasas lagrimas... qualquer simbolo, intimista na testa...
E no raso,
Meu meio suspiro,
some em meio a esse suplicio ...
Se não vais olhar para trás...
Não espere que a lua se reflita em meu sorriso...
Os olhos severos a fitar...
Qualquer felicidade... Para me sabotar..
Os lábios,
As mãos, a se digladiar...
E de acordo com a figura perambulante em meu dia,
Me martirizo com maestria...
A rua, os carros, tudo a nossa volta sem controle ,
E só penso : quando tomarei outro gole ( de uma bebida qualquer)
E então, sobre meus olhos castanhos....
Esvaneço quadradinho, por quadradinho...
Os lábios,
O mar...
Enquanto a água se deita sobre o corpo ...
Não haverão estrelas, refletidas embaixo da ponte.
foto por: Taiane Ferreira ♥
Nenhum comentário:
Postar um comentário