Pela fresta, eu quase posso ver o mundo girar,
E lá no céu, as nuvens preenchem o lugar...
Na testa, o suor corre...O dia é longo...
O salário é curto...E me sinto meio tonto...
Pela tela, se desempenha a novela do mundo...
E a guerra se desenrola, nesse trâmite imundo...
Pela janela, a calmaria engana...
Os prédios engolem a cidade...E nenhuma visão é plena...
Essa luta diária...
Injusta condição...
Pela fresta a luz quase invade...
E a Lamuria se reparte... Em nós.
Pela tela, a vida parece obra de arte...
Mas a arma silenciosa...Esconde o covarde...
Essa sensação...
Dentro da imensidade,não me reconheço direito...
E vamos nos espremendo, em corredores estreitos...
Na testa, marcas marcam o tempo,
E pra abafar o sofrimento, qualquer cigarro,álcool...Ou outro veneno...
Pela janela,teto,tela...Pela fresta...
O mundo e seu eterno retroprojetor...
Mostrando tudo, menos nosso ardor...
Pela fresta engulo a mania de dizer...
E me poupo de qualquer parecer...
Pela tela, pela novela, por alguma cela...
Qualquer.
Na testa, marcas marcam o tempo,
E pra abafar o sofrimento, qualquer cigarro,álcool...Ou outro veneno...
Qualquer.
Foto gentilmente cedida pela : Taiane Ferreira ♥
Disponível em : https://www.instagram.com/taianeferreiras/
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