Translate

sábado, 8 de abril de 2017

.Meia-vida.



Pela fresta, eu quase posso ver o mundo girar,
E lá no céu, as nuvens preenchem o lugar...

Na testa, o suor corre...O dia  é longo...
O salário é curto...E me sinto meio tonto...

Pela tela, se desempenha a novela do mundo...
E a guerra se desenrola, nesse trâmite imundo...

Pela janela, a calmaria engana...
Os prédios engolem a cidade...E nenhuma visão é plena...

Essa luta diária...
Injusta condição...

Pela fresta a luz quase invade...
E a Lamuria se reparte... Em nós.

Pela tela, a vida parece obra de arte...
Mas a arma silenciosa...Esconde o covarde...

Essa sensação...
Dentro da imensidade,não me reconheço direito...
E vamos nos espremendo, em corredores estreitos...

Na testa, marcas marcam o tempo,
E pra abafar o sofrimento, qualquer cigarro,álcool...Ou outro veneno...

Pela janela,teto,tela...Pela  fresta...
O mundo e seu eterno retroprojetor...
Mostrando tudo, menos nosso ardor...

Pela fresta engulo a mania de dizer...
E me poupo de qualquer parecer...

Pela tela, pela novela, por alguma cela...
Qualquer.

Na testa, marcas marcam o tempo,
E pra abafar o sofrimento, qualquer cigarro,álcool...Ou outro veneno...
Qualquer.

Foto gentilmente cedida pela  : Taiane Ferreira ♥
Disponível em : https://www.instagram.com/taianeferreiras/

Nenhum comentário:

Postar um comentário