Esse sol a se por.... Avermelhado no horizonte...
E toda essa nossa reviravolta...
Os pássaros cantam nessa cidade, o galo, o sabiá...o pardal-do-monte....
Todo esse meu corpo em frangalhos... Preciso de escolta !
Como eu poderia estar lá?
Se não me cabe estar nem aqui.... Quanto mais acolá !
Como eu poderia...
Se por entre toda essa luz avermelhada, a escuridão me consumia !
Essa, imensidão aqui no peito...
Que finjo e afago,
E por trás dessa lamuria baixinha... Que carrego nos dedos...
fingo e afago... Meu calado envolvimento .
Como eu poderia?
Essa mar que transborda pelo olhos...
pelos lábios...pelo corpo,
Todos esses sons marinhos...
Que afago, nesse sentimento torto !
Essa falsa estabilidade,
me chacolha por cima dentro desse mundo...
Essa falsa diversidade...
Me fuzila por entre esse mundo...
Essa vontade de tentar que a ferro e fogo me queima,
Mas eu me seguro, forte é meu caminho...
Pedra por pedra que afago...
E os males, quando posso disfarço !
E me vejo frágil, cinzenta cortina de verdade...
Como eu poderia seguir ?
Essas cicatrizes, os ossos doido, toda essa imparcialidade...
E nessa jornada... quase posso me sentir livre, quase posso sentir!
Essa doce constância entre tu e eu,
Doce corpo, que se mistura ao seu...
Que me ajuda a continuar....
Se agarre a isso, pássaro cantante...
Nós já não estamos longe de mais.... Para não termos o mesmo semblante...
Por entre nuvens, essa jura de amor eterno...
te faço completa matéria...
Meu ébrio amante, me desgoverno,
E quase posso esquecer minhas lamurias...
Quase posso sentir que por solidificação seremos um...
Queria pode dizer que todo esse sofrimento do mundo é só uma ilusão...
E que me sinto incluso de verdade, nesse mundo de sermão !
Nós, nos seguramos como podemos,
E os empórios continuam a crescer....
Os jovens como eu, continuam a fenecer...
Quem sabe se fossemos outros, teríamos...
...Todo esse sofrimento nas mãos...
não suporto pensar, que em rubro todos os dias terminam...
E me apavoro... me detenham...
Como eu poderia ?
Salvar o mundo dessa sangria...
Essa imensidão de pensamentos que me rodeia...
Eu me agarro a ti , pássaro cantante...
E somos dois contra toda essa loucura...
E se me depredo, colo a boca na sua...
Minha ébria metade...
Meado invertido de mim...
Lasciva densidade...
essa luta nossa contra o mundo caótico que se faz no fim !
Essa falsa tensidade...
Nós corremos, os carros batem...
Os titãs se digladiam enquanto os pobres se divertem...
Essa funesta cortina de envolvimento com o mundo...
Me faz menos humano do que qualquer outro moribundo...
Mas me seguro, nessa falsa rotina....
De ter acordar e viver, cada dia como se não estivesse com a cabeça nessa guilhotina.
E para proteger, fortalezas vão crescendo...
Se agarre a isso, pássaro cantante...
Nós já não estamos longe demais.... Para não termos o mesmo semblante...
....somos dois contra toda essa loucura...
E se me depredo, colo a boca na sua...
Foto por: Taiane Ferreira.
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