Essa enchente de sentimento,
Que engulo, me afago... Repenso...
Todo essa lama, meu lamento.
Levanto a cabeça,
E quase me sinto afogar..
Mas ignoro...
Sou muralha firme a me segurar .
...Não por muito tempo.
E de quando em quando posso respirar...
Mas o corpo dói...
O vento frio corroí...
E, nesse corpo, enterro as pedras mais frias no peito,
E me regojizo.A calmaria, a paz ao relento...
Me atiro em seus braços...
Meu frigido sentimentalismo...
Triste cometa a se apagar...
E eu, me afundo nesse pseudo romantismo...
Que tenho tendência a devanear ...
O frio queima o rosto...
E desse dia amargo, ainda sinto o gosto....
E por clemência, me arrasto pelas ruas...
Procurando beijar a boca sua...
Eu viajo, transpiro...
quanto mais penso, menos entendo, e eu piro ...
E os detalhes me cercam, me prendem...
e os olhos escuros, me revelam errante...Pobre humano que não aprende...
E a vida segue nessa monotonia...
Quase posso sentir , o que tu sentia ...
quase posso sentir o mar intenso a me devorar ...
quase é onde eu queria estar...
Mas a cidade e seu caos, me cala...
me fundo com as luzes, com a poluição...
E meu corpo discrepante, luta em contração....
no corpo, a massa cinzenta paira ...
Eu viajo, eu mentalizo...
Fujo dessa enchente que tenta me soterrar...
Esse mar que tenta me afogar...
Eu mesmo a me derrubar.
Foto por : Taiane Ferreira
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