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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

.Nas Asas de Concreto.



Essa enchente de sentimento,
Que engulo, me afago... Repenso...
Todo essa lama, meu lamento.

Levanto a cabeça,
E quase me sinto afogar..
Mas ignoro...
Sou muralha  firme a me segurar .

...Não por muito tempo.

E de quando em quando posso respirar...
Mas o corpo dói...
O vento frio corroí...

E, nesse corpo, enterro  as pedras mais frias no peito,
E me regojizo.A calmaria, a paz ao relento...
Me atiro em seus braços...

Meu  frigido sentimentalismo...
Triste cometa a se apagar...
E eu, me afundo nesse pseudo romantismo...
Que tenho tendência  a devanear ...

O frio queima  o rosto...
E desse dia amargo, ainda sinto o gosto....
E por clemência, me arrasto pelas ruas...
Procurando beijar a boca sua...

Eu viajo, transpiro...
quanto mais penso, menos entendo, e eu piro ...
E  os detalhes me  cercam, me  prendem...
e os olhos escuros,  me revelam errante...Pobre humano que não aprende...

E a vida segue  nessa monotonia...
Quase posso sentir , o que tu sentia ...
quase posso sentir o mar intenso a me devorar ...
quase é onde eu queria estar...

Mas a cidade  e seu caos, me cala...
me fundo com as luzes, com a poluição...
E meu corpo discrepante, luta em contração....
no corpo, a massa cinzenta paira ...

Eu viajo, eu  mentalizo...
Fujo dessa enchente que tenta me soterrar...
Esse mar que tenta me afogar...

Eu mesmo a me derrubar.



Foto por  : Taiane Ferreira 




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