Translate

sábado, 8 de outubro de 2016

.Contraproducente.



Essa luz a invadir meu corpo,
Meus segredos, meus começo de dia torto...

Me seguro, me elevo...
Penso nas coisas que preciso fazer, e relevo...
A correria me consome, pedaço por pedaço...
E enquanto eu me formo adulto, eu despedaço.


Essa luz a invadir minha privacidade...
É quase dia de festa, mas não me motivo com tal novidade....

Me curo, me mostro funcional...
Apesar de meu corpo cansado não demonstrar tal... Maneira .
Embora eu  pareça demasiado intenso,
Me  detenho de  dezembro a dezembro .
(Mentiras, mentiras )

Essa luz a me cortar com profundidade...
Mas enquanto  implodo, não faço alarde...

Sou homogêneo, não me misturo...
E apesar de tudo, me resguardo...
Mas não me salvo de nenhum apuro .

Essa luz que não me ajuda não,
Eu luto, mas tudo parece ser em vão...

Me represento, me exponho nas adversidades...
Me  sinto atingido atingido...
E os bolsos vazios a gritar...Me sinto falido...
E o mundo ainda parece me observar, esfregando-me novidades....

Essa luz, eu recuo para minha  solidão amplificada....
E nessa corrida que não me enquadro, não me encaixo... Me sinto  uma pessoa abobada.

Me guio, me levanto, mas as ondas sempre estão a me acertar,
E eu sigo, quebrando tijolo por tijolo... Doce fachada a desmoronar...
Quanto mais penso...Menos, tenho para falar, e o silêncio...
Enconde essa vontade de berrar... a vida e o eterno cilicio.

Essa luz que não deixa ver o futuro...
Esse meu corpo em flor, em fruto maduro !

Se pareço cheio, repenso na vida  vazia,
e ilustro o dia rotineiro...
E a sensação de falta é movimento corriqueiro...


Essa luz  que não me conforta não,
E vou dizendo que sim, e depois que não...

E eu me projeto, como holograma,
E me saboto, milhões de vezes  nessa trama...


Sem motivo .



Foto gentilmente cedida por : Taiane Ferreira  ♥♥

Nenhum comentário:

Postar um comentário