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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Lá vou eu de novo ...



Todo dia eu luto contra minha vontade, preciso sair da cama...
Todo dia o corpo cansado, no escuro matinal clama;
Enfio um pedaço de comida qualquer  na boca, e tento rejuvenescer....
As horas se apressam e preciso correr!

Todo dia eu luto contra o mundo a parece sempre querer me derrubar,
e mesmo despedaçando, me arrasto por entre corredores para estudar...
Não tenho dinheiro, não tenho projeto meu ser nesse mundo...
Da forma que eu queria,sou ralé, suburbano...

E em meio a isso, minha arte floresce em mim,
e esse vermelho profundo, tem magnitude....
Meus sonhos são enormes, são quase inteiros, quase completa o mundo em  plenitude !
mas os senhores ali  me reprimem,  me esgotam... E na vala meu corpo jaz em carmim.

Todo dia, eu me levanto, e fico tentando driblar meus pesares,
todo dia, eu sou vago, esqueço minha chaves...Todo dia um novo incidente em "Antares" . 
Eu enfio os  braços na jaqueta e  saio desnorteado...
Enquanto as horas passam,o sono consome, muda o rosto...Muda o penteado. 

E em meio ao novo dia,eu  cultivo meu jardim,
os cipos correm pelas veias, algum bom  motivo,
Mas la vem o vermelho  profundo....
e só penso em correr de volta para minha casa, meu abrigo !
Mas, o vermelho vai manchando a mim, manchando meio mundo. 

Todo dia eu tento me manter em pé, mas meu corpo  se afrouxa,
Todo dia não entendo o que o mundo quer,
E todo dia me corto  mas floresço...
Sou divindade ao meio do motim barbaresco. 


E cada novo dia... Lá vou eu de novo...
fuzilado de todos os lados...

Lá vou eu ...Florescer, para  tentar viver de novo .



Foto por  : Taiane Ferreira ♥

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