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terça-feira, 30 de agosto de 2016

.Lúgubre.



Esse eufemismo dito,
Fingimento... A cabeça lateja....
O céu árido de agosto...
Todo  esse tempo  desgostoso..

A eternidade parece curta,
Enquanto o ar some...
e as  ondas,meu corpo  consome;

Essa arvore a balançar,
Essa vida dura que necessito lavrar ...
Enquanto  águas correm pelo meu corpo,
Essas  vozes estridentes que tento acalentar...

Acordado ou dormindo os sonhos me  perseguem
corro por entre frestas, passo por sete mares...
Eu sou em mim, metade de nada...Ninguém ..
E quanto mais  fujo, menos me acho em outros lugares!

A escuridão  quase me consome...

A eternidade  reflete minha cara pálida no espelho,
o tempo, é logaritmo e desenrola seu novelo...
O céu árido e luminoso, sempre a  me cegar..
Mas levanto a cabeça, o passado é filme, e nele só não posso me apegar!

Esse eufemismo, denominado empatia...
combro meu coração de prata com terra da enseada,
a prata cintilante  reluzia,
o  tempo sela cada palavra, e faz disso tudo uma parede grampeada...

A eternidade  parece  curta, refletindo a luz na sala vazia,
A fotos  envelhecida, quase apagava a memoria que aquilo traria..
Olhe, o fantasma que me tornei...
Vendo o mundo desintegrar, eu juro que me dediquei .

O céu de Agosto...
o passado está dilacerado,ontem parece anos aluz atras,
Veja ! Da janela, se pode ver onde corpo jaz...
O escuro marinho abafa o sol,
e se eu me concentrar posso ouvir um rouxinol...

Me desfaço em gim e  lamuria...
Me cubra com as pedras mais frias..
Escrevo  minha  boca na sua...
e  o vácuo dessa vida? eu tinjo de ônix, carvoaria !

A eternidade é só uma cicatriz em mim,
Me desfazendo e remontando
quebrando meu mar em mim ...
E vou navegando...

Cubra-me com as pedras mais frias...


Foto  por :  Taiane Ferreira ♥

https://www.facebook.com/taianeferreiras/?fref=ts



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