O vento devora...
As sombras correm pelos muros pintados de cinza...
Minha alma idosa sedentária...
Cheia de manias...Ranzinza .
Em meu peito ,
esse temporal se anuncia...
E pela grande porta de vidro...
O reflexo sorria....
O corpo que reflete não se associa...
O vento devora...
nós,
os barcos ancorados,
Nós,
A vida árdua, os pares de enamorados !
Meu corpo em flor...
a primavera parece tão distante, mas fico a dispor...
Nós...
Que somos homólogos...
nós que nos movemos trôpegos .
O vento devora,
Meu corpo que se emoldura na parede,
minha tatuagem em ti,
Os pares são enfeite...
teu corpo em mim.
Em meu peito,
Esse temporal se despede,
E talvez eu floresça!
Talvez eu renasça...
Eu não caibo em mim...
essas raízes me rasgam de dentro pra fora...
Eu sou flor... Sou contido...Sou temporal !
Abra seus olhos agora....
Eu não caibo em mim,
E não vejo...
O tempo marca meu corpo, e não se mede.
O tempo casto, só mostra metade.
E essa vontade de voar que não se mede.
Foto: Gentilmente cedida por Samantha Ribeiro, foto feita por Taiane Ferreira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário