Translate

terça-feira, 23 de agosto de 2016

.Florescer.




O vento devora...
As sombras  correm pelos  muros pintados de cinza...
Minha alma idosa sedentária...
Cheia de manias...Ranzinza .

Em meu peito ,
esse temporal se anuncia...
E pela  grande porta de vidro...
O reflexo sorria....

O corpo que  reflete não se associa...

O vento devora...
nós,
os barcos  ancorados,
Nós,
A vida árdua, os pares de enamorados !


Meu corpo em flor...
a primavera parece tão distante, mas  fico a dispor...
Nós...
Que somos homólogos...
nós que  nos movemos trôpegos .

O vento devora,
Meu corpo que se emoldura na parede,
minha tatuagem em ti,
Os pares são  enfeite...
teu corpo em mim.

Em meu peito,
Esse temporal se despede,
E talvez eu   floresça!
Talvez eu  renasça...

Eu não caibo em mim...
essas raízes me rasgam de dentro pra fora...
Eu sou flor... Sou contido...Sou temporal !
Abra seus  olhos agora....

Eu não caibo em mim,
E não vejo...

O tempo marca  meu corpo, e não se mede.
 O tempo casto,  só mostra metade.
E essa vontade de voar que não se  mede.



Foto: Gentilmente cedida por  Samantha Ribeiro, foto feita por Taiane Ferreira.


Nenhum comentário:

Postar um comentário